BURNOUT! Quando parar se torna obrigatório!

Publicado em 10/09/2020 por Filipa Jardim da Silva

Num minuto, estamos a trabalhar; no seguinte, já não conseguimos funcionar. Em 2016, o burnout afetava 13,7% das pessoas ativas em Portugal. Segundo dados da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional, 13,7% das pessoas ativas em Portugal estavam em estado de burnout em 2016. No mesmo ano, 82% estavam em risco elevado de entrar em estado burnout, 11% em risco moderado e 3% em risco médio.

O stress ligado à actividade profissional é o segundo problema de saúde directamente causado pelo trabalho mais frequente na Europa. E quando toda a gente se queixa de stress é tentador naturalizá-lo como uma condição universal. Mas existe uma diferença entre o stress adaptativo e o stress patológico: a intensidade e a duração. A prevenção e auto-observação são fundamentais para conseguirmos evitar o “transbordar do copo”.

O que é então o Burnout? 

É um esgotamento físico e mental que está ligado ao exercício da profissão em condições físicas, emocionais, cognitivas e comportamentais desgastantes e acima da capacidade da pessoa lidar com elas.

Os sintomas dividem-se entre físicos, psicológicos e comportamentais. Alguns  dos principais sinais de alerta: fadiga crónica, dores de cabeça, tensão arterial alta, problemas metabólicos, alterações na tiróide, modificações do padrão do sono e do padrão alimentar, concentração e atenção diminuídas, preocupação constante, sintomas depressivos, maior probabilidade de doença física e possíveis alterações de humor. Adicionalmente importará notar os sinais de desapego presentes, tais como: perda de prazer, pessimismo, isolamento e desligamento dos outros. Num terceiro nível, surgirão sinais de ineficácia e um sentimento de falta de realização pessoal.

Habitualmente, as principais causas de stress relacionado com o trabalho são: duração do horário ou volume de trabalho, insegurança/instabilidade, falta de apoio para cumprir as suas funções e pouca autonomia; comportamentos de bullying ou assédio; falta de clareza sobre funções e responsabilidades.

Da dedicação apaixonada ao desespero

Habitualmente na génese de um quadro de burnout está uma enorme dedicação à profissão. Partindo do encantamento e da paixão por aquilo que se faz, há um desejo de melhorar mais e mais e de ter um desempenho reconhecido.

O burnout tem três dimensões.

  • exaustão emocional, caracterizada por uma falta de energia e um sentimento de exaustão a nível emocional, em que a pessoa sente que esgotou todos os seus recursos internos para lidar com situações diárias, predominando uma incapacidade para participar nos contextos que o rodeiam.
  • Perda de autorrealização, em que se destacam sentimentos de fracasso, em que o trabalhador faz uma avaliação negativa e exagerada relativa ao seu trabalho. 
  • Por último, o cinismo, em que se verifica um distanciamento cognitivo face aos outros, nomeadamente indiferença e frieza, e até atitudes negativas como responder mal.

Estratégias para prevenir e dar resposta ao Burnout

Ainda que muitos profissionais se resignem a elevados níveis de stress no seu dia-a-dia profissional, é importante fomentar um equilíbrio entre vida pessoal e profissional, prevenindo assim o burnout. Para isso precisamos de estar dispostos a parar e escutar aquilo que o nosso corpo e a nossa mente têm para nos dizer e para nos pedir, a cada momento.

Quer seja a nível individual, social e organização é importante nos mobilizarmos activamente no nosso auto-cuidado.

Recomendações práticas

1. Reorganize o seu horário de trabalho respeitando limites e contemplando pequenas pausas ao longo do dia para se hidratar e alimentar convenientemente. A cada hora, pare por 60 segundos para colocar o foco na sua respiração e no seu corpo e assim alternar o modo fazer com o modo sentir/ser.

2. Aprenda a delegar: evite concentrar em si um número de tarefas e responsabilidades excessivo, por muito que goste do que faz e por muito que lhe custo abdicar de controlo.

3. Privilegie o tempo de descanso: reserve entre 7 a 9 horas para dormir com qualidade, procurando desacelerar antes de adormecer, investindo numa boa higiene do sono.

4. Cuide das suas relações sociais de forma regular.

5. Desenvolva uma atitude Mindful: procure, no seu dia-a-dia, prestar atenção consciente a si, numa lógica de aceitação, compreensão e curiosidade. Desta forma, será mais capaz de responder adaptativamente às suas necessidades físicas e psicológicas.

6. Reserve espaço na sua agenda para actividades prazerosas e de lazer.

7. Exercite-se cerca de 30 minutos diariamente, num ritmo moderado.

8. Adopte uma alimentação variada e equilibrada.

Espero que tenham gostado e acima de tudo tomem atitudes em vossas vidas para estarem mais calmos e saudáveis.

Até uma próxima!

9 respostas para “BURNOUT! Quando parar se torna obrigatório!”

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